Essa semana, Samuel começou no 1º ano (antiga alfabetização),
porém ele já sabe ler desde julho do ano passado e essa é uma das provas de que
o cantinho do estudo funciona. Quando
digo que ele já sabe ler, quero dizer que ele já lê no mesmo nível de uma criança
bem alfabetizada. Ele lê numa
velocidade rápida e já não encontra dificuldades nem em encontros consonantais.
Mas afinal de contas, como eu ensinei o
meu filho a ler?
A verdade é que foi mais fácil do que eu pensei! De início
eu não estava focada em ensiná-lo a ler, eu apenas lia para ele e o deixava observar bem as palavras. Toda vez que ele perguntava que palavra formava tal
letra com tal letra, eu respondia e explicava bem os sons. Também é importante
dizer que ele tem muitos livros! Eu AMO
ler e faço o possível, desde sempre, para que ele também descubra o prazer de uma
boa leitura. Mas então, um belo dia ele estava deitado comigo na minha cama, aí
olhou na parede uma revista minha e leu: ca-sa. Fiquei surpresa/orgulhosa/feliz e soube na hora que já era o tempo certo de aprofundar a leitura com ele.
No jardim III, Samuel já estava aprendendo por alto as
famílias das letras, mas ele já conhecia o alfabeto inteiro porque desde
novinho nós o ensinamos em casa, então se ele estava aprendendo a família da letra
c, por exemplo, ele já deduzia como seria a família das próximas letras. Ele já
estava pronto para aprender todas as famílias do alfabeto, mas é claro que no
colégio em uma turma com vários alunos, a professora não pode sair atropelando
tudo porque um aluno está mais adiantado, e é aí que eu entro!
O primeiro passo foi conversar com a professora – que era
ótima – e contar que ele já estava lendo, ela logo se prontificou a
tirar um tempo só com ele para colocá-lo para ler. Esse diálogo com os
professores dos nossos filhos é muito importante, não podemos achar
que eles têm obrigação de ensinar tudo, de educar e que nós não precisamos
sequer procurar saber como nossos filhos estão se saindo! Em primeiro lugar, na
minha opinião, a tarefa de educar é dos pais e não dos professores, a eles cabe a didática.
A relação de pais e professores precisa ser de parceria.
O segundo passo foi
ensiná-lo as famílias que ele ainda não sabia e reforçar as que ele já
tinha aprendido. Como eu falei antes, ele já sabia quase todas por dedução.
Aqui no blog tem um pouquinho dessa parte.
O terceiro passo foi colocá-lo para ler em todo momento. É
claro que eu não o obrigava a ler grandes textos, mas palavras soltas que
apareciam no dia-dia, por exemplo, no café da manhã eu mostrava a caixa de
leite e falava pra ele ler, ou uma palavra que aparecia na tv... O mais
importante nessa parte é ter paciência, deixar a criança levar o tempo que for
necessário, só ajude se ela pedir e não leia para ela, apenas dê dicas como eu
já falei nesse post aqui.
Fora isso foi só continuar lendo sempre COM ele.
Até que é fácil, né? Paciência + Amor essa é a fórmula!
Na verdade tudo isso faz parte de um processo. Desde que
Samuel tinha meses, nós o ensinávamos o básico, mas é claro que de uma forma
diferente. Mas esse assunto fica pra outro post, talvez o próximo, quem sabe.
Acompanhem!